AGRONORDESTE Recomendações para o controle integrado de verminose em caprinos e ovinos: CARTILHA AGRONORDESTE/TED – DOENÇAS PARASITÁRIAS
Palavras-chave:
caprinos, ovinos, Haemonchus, resistência anti-helmínticaSinopse
A verminose, causada pelos nematoides gastrintestinais é reconhecida mundialmente como fator limitante para produção de caprinos e ovinos, estando presente desde o equador até as regiões polares. Levantamentos realizados ao redor do mundo mostram que Haemonchus contortus é o parasita mais prevalente, constituindo mais de 80% da carga parasitária dos animais nas regiões tropicais e subtropicais. O controle de endoparasitas gastrintestinais de pequenos ruminantes é realizado no mundo inteiro quase que exclusivamente com o uso de vermífugos, na maioria das vezes, sem levar em consideração a dinâmica populacional das espécies de parasitas prevalentes na região nas diferentes épocas do ano. A consequência direta do uso indiscriminado de vermífugos ao longo dos anos, com rápida alternância de grupos químicos sem orientação técnica, tem resultado no aumento dos custos de produção, desenvolvimento de resistência parasitária, contaminação da carne, do leite e do meio ambiente com resíduos químicos de parasiticidas e aumento dos índices de mortalidade no rebanho. Desta forma, pesquisadores, técnicos de campo, produtores e a indústria farmacêutica buscam outras estratégias de controle que viabilizem a produção de caprinos e ovinos e a sustentabilidade ambiental. Nesta cartilha são apresentadas e discutidas as principais medidas que compõem o controle integrado de verminose em pequenos ruminantes, cujo objetivo é utilizar simultaneamente diferentes estratégias de controle que em conjunto podem ser mais eficazes do que quando adotadas isoladamente.