CTSOVNSER Produção in vivo e recuperação não cirúrgica de embriões ovinos no Brasil
Palavras-chave:
Indução de estro, Superovulação, Coleta de embriões, Transcervical, OvinoSinopse
A produção in vivo de embriões ovinos no Brasil passou por considerável evolução nas últimas décadas. Esses avanços em parte alcançados por meio de estudos sequenciais com estímulos diversos à fisiologia ovariana e recuperação não cirúrgica de embriões (NSER). Considerara o grande entrave e fonte de variabilidade da produção in vivo de embriões, a superovulação foi também testada contra estímulos que permitiam estímulo ovariano próximo ao natural da raça e espécie. Diferentemente da coleta cirúrgica de embriões (laparotomia) que normalmente não submete ao procedimento animais com respostas inferiores a três ou quatro ovulações ou contagem corpos lúteos (CL), a NSER revelou-se como técnica também interessante para esses animais e mesmo aqueles com estro natural.
Considerada como o principal gargalo de conhecimento a dinâmica folicular ovariana segue sendo o grande entrave para a produção in vivo de embriões. Estudos sequenciais de acompanhamento ultrassonográfico transretal em modo B e Dopller em ovelhas Lacaune submetidas à indução de estro sincronizado com estímulo gonadotrófico restrito à gonadotrofina coriônica equina (eCG) foram capazes de identificar períodos de permanência de dispositivos vaginais, momentos mais apropriados para início do tratamento superovulatório com hormônio folículo estimulante (FSH) e dose desse hormônio (Figueira et al., 2020a,b,c). Esses estudos geraram o protocolo Embrapa de superovulação em ovelhas que foi testado com relativo sucesso em outras raças (Fonseca e Oliveira).
Este documento fará uma sumarização dos resultados de produção in vivo de embriões ovinos coletados especificamente pela via transcervical (NSER) nos últimos cinco anos no Brasil que dão suporte para a recomendação do protocolo Embrapa de superovulação em ovelhas.