Avanços biotecnológicos no diagnóstico da artrite encefalite caprina por meio da proteômica

Autores

Angela Eloy, Embrapa Caprinos e Ovinos; Raymundo Rizaldo Pinheiro; Francisco Selmo Fernandes Alves; Tatiana Farias , Autônoma; Ana Milena; Alice Andrioli

Palavras-chave:

Biotecnologia, Doença infecciosa, Artrite Encefalite Caprina, Proteômica

Sinopse

No Brasil, a CAE está presente em rebanhos que abrangem do Norte ao Sul do país e apresenta elevado índice de morbidade. O agente etiológico faz parte do gênero Lentivirus, subfamília Orthoretrovirinae e família Retroviridae, pertencente à mesma família do vírus da imunodeficiência humana: Human immunodeficiency virus (HIV). Esse
vírus tem vários mecanismos de escapes, como exemplo, a compartimentalização, permitindo que ele se oculte em determinados estágios da doença, dificultando o seu diagnóstico e, consequentemente, seu controle (Bezerra Junior et al., 2018). Essa infecção viral apresenta alta transmissibilidade (Nascimento-Penido et al., 2017). A CAE ocorre por meio do contato direto entre os animais infectados e sadios, entre recém-nascidos e a matriz, por ocasião da transmissão intrauterina (Andrioli et al., 2006), no parto, e na ingestão do colostro e leite contaminados (Araújo et al., 2021), além das vias sexual e iatrogênica. Lara et al. (2005) afirmaram que a maioria das cabras pode se infectar precocemente, aumentando as chances com a maturidade. Dentre os prejuízos econômicos, enfatiza-se a diminuição da produção láctea, perda de peso dos animais, alteração da qualidade do leite e descarte de animais (Peterhans et al., 2004; Pinheiro et al.,
2004). De acordo com Mussi (2014), nos estados da região Sudeste, onde prevalece a caprinocultura leiteira em sistema de criação intensivo, a transmissão do CAEV é facilitada devido à aglomeração de animais. Na região Nordeste, no entanto, em razão do sistema de criação ser em sua grande maioria semi-intensiva ou extensiva, a disseminação da doença é menor, embora em criatórios de caprinos leiteiros intensivo a CAE esteja fortemente presente. Em estudo realizado com reprodutores caprinos em sete estados no Nordeste brasileiro, Sousa et al. (2019) encontraram 11,2% (28/215) das propriedades com reprodutores positivos para CAE.

Publicado

maio 14, 2025